quarta-feira, 12 de agosto de 2015

É preciso acreditar num novo dia

A esperança e as profecias autorrealizadoras

Um exemplo de profecia autorrealizadora é quando alguém pensa que algo não vai dar certo. Logo, não se esforça para que dê certo e como consequência, não dá certo. Ao final, pensa: desde o princípio sabia que não daria certo!
Ou seja, ninguém sabe como vai ser o futuro. O futuro é composto de possibilidades e é uma projeção de expectativas do presente. Um aluno do Ensino Médio que vai fazer o Enem tem uma ideia deste futuro: pode ir bem na prova, pode ir mal, pode ir mais ou menos. Tudo isso são possibilidades.
O que é interessante, porém, é que o modo como pensar sobre o resultado esperado (daí a palavra esperança) vai contribuir com o próprio resultado. Se imaginar que vai mal de qualquer jeito, que não adianta estudar, certamente estará, com suas ações, contribuindo para encontrar no futuro exatamente isso: uma nota baixa.
O que me faz lembrar de minha história no Ensino Médio. Era tão somente um aluno mediano. Mas ao ler o livro Poder sem limites, de Tony Robbins, descobri esta técnica da visualização do futuro. O livro dizia algo do tipo que o nosso cérebro não consegue reconhecer o real do fictício. Uma imagem criada poderia vir a ter o mesmo valor de uma cena vivenciada. O futuro e o passado, vivendo no presente da nossa mente, também poderia ser construído e reconstruído. Assim como podemos pensar que algo é difícil e trabalhoso (como o vestibular), podemos pensar que é fácil – pois o esforço mental para este pensamento é igual.
Então, a técnica consistia em imaginar o futuro desejado como certo. Me imaginei já na faculdade, tendo aulas, na cantina, com todos os detalhes e sensações que consegui criar. E mantive essa imagem comigo ao longo do terceiro ano.
Este processo foi eficaz em si?
Bem, sim. É complicado, evidentemente, dizer que somente esta técnica deu um resultado extraordinário. Mas ao menos me ajudou em dois pontos:
– a estudar mais quando estava cansado ou desmotivado;
– a não ter receio, nervosismo ou medo na hora da prova.
Portanto, é curioso olhar para trás e ver como esta técnica da PNL acabou funcionado como uma profecia autorrealizadora, só que para o lado positivo, de realização. Em vez de pensar que não daria certo, de que seria difícil e complicado para um aluno mediano passar em uma excelente faculdade, eu pensei que já tinha passado e que a prova seria apenas um elemento necessário e padrão, como levar os documentos para a matrícula. Isso me motivou a estudar mais e me ajudou a ficar mais tranquilo.
Cito este exemplo do vestibular e Enem de novo porque é bastante didático e simples de entender (poderíamos apontar resultados palpáveis em termos de notas). Mas se pararmos para pensar, o modo como imaginamos o futuro, se há esperança ou desesperança, vai determinar o nosso comportamento desde já.
Pense em um relacionamento amoroso. Se um dos dois começa a imaginar que não vai funcionar, que não tem futuro, o relacionamento começará a ir de mal a pior até que eventualmente acabe.
Na economia, se um empresário pensa que não vai vender, poderá deixar de anunciar e, consequentemente, venderá menos. Se for excessivamente pessimista, poderá fechar a porta e acabar com o negócio.
Evidente que isso não quer dizer que só pensar que vai dar certo vai fazer dar certo. Às vezes, desistir também e partir para uma outra possibilidade também faz parte do processo de desenvolvimento e crescimento.

Conclusão

Para concluir, gostaria de deixar algumas perguntas para se pensar:
– O que você pensa a respeito do futuro?
– Como você espera estar daqui a 3, 5, 10, 20 anos? Neste futuro imaginado, os seus sonhos são realizados? (Se não são, por que não são? O que você pode fazer de diferente?)
– Lembrando que o futuro não existe ainda, você já parou para pensar como pode fazer um percurso totalmente diferente, melhor e mais feliz, a partir de agora? Que você tem este poder? De ir ajudando a vida a construir a sua própria vida?

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