Crianças às vezes podem ser tão cruéis quanto adultos, praticando bullying com os coleguinhas sem noção do mal que estão causando para a pessoa adulta que o oprimido irá se tornar. Quanto sofrimento! Sim, é verdade. Uma das piores sensações é a de que não somos amados, queridos. Nós achamos que deveríamos ser perfeitos, mesmo sabendo que não somos. Temos medo de ser descobertos e nos escondemos na timidez, que por sua vez dificulta ainda mais as coisas. Sem socializar, conversar e se expor, o tímido passa despercebido por situações nas quais poderia ter impacto memorável.
Alguns conseguem tamanho destaque que outros vão para os cantos, amuados, com o peito sem afeto, atenção e sequer carinho. Assim sentem-se as pessoas que passam pelo processo de baixa autoestima. Elas não acreditam que têm potencial para fazer amigos, conquistar um amor, formar uma família. Na verdade, nos apegamos demasiadamente aos conceitos prontos, que nos são entregues até antes do nascimento. Projeções que a mamãe e o papai fazem do nosso bebê, expectativas que criamos para não decepcioná-los... Uma autoimagem baseada em exemplos de sucesso profissional e beleza física. Quando começamos a ter consciência do entorno, percebemos que há diferenças – ainda bem, não é? -, que não somos produtos prontos e nem chegamos ao mundo com o destino traçado.
Reconhecimento, afeto e atenção. No fundo – algumas vezes no raso mesmo – é o que a maioria das pessoas busca. Seja em família, no trabalho, no namoro, casamento, com os filhos e na vida social. Vaidosos que somos, queremos as luzes sobre nós.
Como vencer essa baixa autoestima, defenestrar a timidez e aceitar que não fazemos parte do padrão institucionalizado pela indústria do consumo? Olhe em volta! Veja quantas pessoas iguais a você caminham apressadas na luta pela vida. É muito raro encontrarmos uma “capa de revista” desfilando com os cabelos ao vento atrasada para o trabalho, super maquiada e pronta para desfilar numa passarela, não é verdade? Somos pessoas comuns, eu e você. Somos pessoas únicas. Especiais. A maior e melhor beleza é a que cultivamos internamente. Olhe de novo em volta. Quantas pessoas “fora do peso”, com pouco cabelo, baixos ou altos estão levando a vida da mesma forma que você? Quase todos. Já é um começo identificar que não precisamos ser Super Homens ou Mulheres Maravilha para conquistarmos o afeto de nossos familiares ou amigos. A transformação começa dentro de você. Procure se expor mais, se abrir, vencer a timidez e levantar os olhos. Na certa há de perceber que a “capa” que o impedia de ver o mundo com alegria. Basta removê-la, com sua força e determinação e partir para o abraço. O mundo espera por você!
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